As igrejas são uma parte importante da história e cultura de muitos países ao redor do mundo, e representam um imenso simbolismo para a sociedade. Elas são exemplos de arquitetura religiosa, que combinam estilos diversos de construção, e são frequentemente patrimônios históricos que ajudam a contar a história de uma cidade ou de um país. Além disso, igrejas também servem como espaços comunitários que reúnem as pessoas em torno da fé e do diálogo em um ambiente seguro e acolhedor.

Infelizmente, muitas igrejas em todo o mundo têm enfrentado problemas com a deterioração e colapso de seus edifícios históricos, desencadeando preocupações a respeito da segurança estrutural dessas construções. Recentemente, temos visto vários casos de desmoronamentos de estruturas religiosas em cidades ao redor do mundo, o que nos levou a questionar a eficácia das políticas de preservação desses monumentos.

A construção civil tem como objetivo construir edifícios sustentáveis e seguros para o bem-estar da população. No entanto, há muitos exemplos em que construtores negligenciam a importância de manter a segurança estrutural das edificações, o que resulta em danos e colapsos tragédias para as comunidades locais. Infelizmente, isso não é diferente para igrejas, que correm o risco de sofrer colapsos sem uma gestão responsável e cuidadosa.

Temos como exemplo um caso ocorrido no Brasil, em 2009, quando uma igreja evangélica localizada em Belém do Pará, desmoronou matando 10 fiéis e ferindo 60 em pleno culto. A responsabilidade pela tragédia foi atribuída à construtora encarregada da obra, que construiu a estrutura sem medidas adequadas de segurança. O acidente foi resultado da negligência da construtora responsável pela execução da obra que, além de não apresentar projeto técnico, ainda utilizou materiais sem qualidade e técnicas inseguras na edificação da igreja.

Diante desse cenário, torna-se uma questão urgente pensar na necessidade de melhorar as políticas de preservação e segurança estrutural das igrejas históricas e monumentos religiosos. É importante destacar que a manutenção da segurança estrutural desses edifícios é uma responsabilidade compartilhada por todos os setores envolvidos: construtores, proprietários, organizações religiosas, governos e comunidades locais.

Em primeiro lugar, os responsáveis pelas construções de igrejas devem garantir que todas as construções estejam em conformidade com as normas de segurança estrutural, com projetos técnicos bem elaborados e com materiais de qualidade, seguindo as recomendações dos órgãos responsáveis por fiscalização. Além disso, é necessário fomentar a educação dos construtores em relação a técnicas e materiais de qualidade e seguros, para garantir que a construção atenda às normas técnicas e de segurança.

As organizações religiosas e proprietários das igrejas também devem estar atentos à importância da manutenção preventiva e corretiva dos edifícios, visando o monitoramento de eventuais áreas críticas que apresentem desgastes ou anomalias. Além disso, organizações religiosas e proprietários de igrejas precisam se dedicar a estabelecer medidas de segurança estrutural para minimizar possíveis falhas, o que pode incluir a realização de inspeções regulares e manutenção preventiva.

Já os governos e as comunidades locais têm um papel fundamental na preservação do patrimônio arquitetônico religioso. Um compromisso maior das autoridades públicas na orientação e fiscalização destas edificações é necessário, com o objetivo de atender às normas de construção corretas e monitoramento para coibir irregularidades. As comunidades locais também devem ser engajadas na preservação do patrimônio arquitetônico da região, de forma que as igrejas não percam sua relevância histórica e cultural.

Em suma, a preservação do patrimônio arquitetônico religioso é uma tarefa coletiva, que envolve toda a sociedade. A importância das igrejas no contexto social é indiscutível, como espaços de fé e encontro comunitário, mas também como patrimônios históricos que contam a história de um povo. Dessa forma, é fundamental que se tenha atenção à segurança estrutural das igrejas e medidas de preservação do patrimônio arquitetônico religioso, a fim de que essas construções continuem a contribuir para o bem-estar da humanidade.